segunda-feira, 16 de junho de 2008

Homenagem a Mário Lins Peixoto Filho

Hoje faz uma semana que morreu um dos meus melhores e mais antigos amigos... escrevi esta poesia, uma das mais tristes que já cometi... nem título tem ou terá.

Noite espessa, escuridão profunda
Ao fundo, lamúria e gemido
Enfim, uma luz se acende
Como uma nau em mar revolto
Balança, balança, balança
E balança novamente
Mas a luz trêmula e amarelada
Continua acesa
Reafirmando
Que a vida segue
Apesar dos pesares.

Até logo, Fernandão

Ele não entortou o Puyol,
Ele não deu o golpe de misericórdia no goleirão do Barça com a chapa do pé,
Ele não levantou-se com o nariz esguichando sangue dizendo "Eu fico até a última gota!",
Nem atirou-se aos pés do atacante do Barça aos 47' do 2°...

...mas ele comandou a Nação Colorada às maiores glórias de sua centenária História, empunhou o microfone no Beira-rio lotado, na volta do Japão, gritando junto com todos o "Vamo Vamo Inter".

É nosso Capítão Planeta, nosso eterno Capitão, que fica tatuado em nossos Corações Colorados e no imaginário dos que não o viram atuar com o Manto Sagrado.

Ele é Fernandão, ou F9, ou o nome que quiserem lhe dar. Não há um Colorado no universo que não lhe seja eternamente grato, nem o mais empedernido corneta da Social ou do sofázão-e-pipoca.

Sai na hora certa, como Eterno Ídolo que sempre será. A hora certa para preservar a imagem perante a torcida, deixando um leve gostinho de "quero mais" em todos. Não perdeu o passo como outros companheiros de conquistas, sai por cima, do alto, onde sempre esteve e estará.

Toda despedida é triste e dolorida, esta não seria diferente. Um dia voltará para os braços da torcida que o amou e que ama, nós sabemos.

Até logo, Eterno Capitão.